Deus, em sua bondade, concede gratuitamente ao homem inúmeros dons, entre estes o da Ciência. Este dom faz o homem ver na Criação as relações desta com o Criador.

As Sagradas Escrituras nos trazem magníficos exemplos deste dom tão próprio a nos elevar da terra ao Céu e ver nas criaturas um meio de conhecer a Deus.

São Paulo afirma ser indesculpável o homem não chegar ao conhecimento do Senhor de todas as coisas pois “as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência, por suas obras” (Rm 1, 20).

O Espírito Santo, verdadeiro Autor das Escrituras serve-se continuamente dessas correlações entre o Criador e as criaturas. Os Salmos trazem uma bela imagem deste instinto da busca do Absoluto: “Como a corça anseia pelas águas vivas, assim minha alma suspira por vós, ó meu Deus” (Sl 41,1).

Nenhuma imagem poderia ser mais perfeita: A corsa, animal selvagem que constantemente procura correr para alimentar-se ou salvar-se de um perigo, tem uma monumental sede e procura saciá-la na mais pura e fresca das águas: a da fonte.

Também nós, na aridez deste mundo, a todo momento somos atraídos para as vaidades ou, mesmo na prática da virtude atormentados pelo inimigo de nossa salvação que como um leão nos rodeia tentando devorar-nos a cada instante.

Nossa alma torna-se sedenta. Procura aliviar sua sede na mais cristalina de todas as Fontes: a Sagrada Eucaristia. É do lado traspassado de Cristo que jorra “a fonte de Água Viva”, que dessedenta as almas cansadas e fatigadas pelos fardos da vida.

O grande segredo dos Arautos do Evangelho é a devoção Eucarística. Ali o vale da aridez transforma-se em fontes borbulhantes, ali experimentamos aquela Água prometida à Samaritana, que tomada apaga a sede da concupiscência e dos prazeres mundanos.

Em Juiz de Fora, como em todas as casas dos Arautos espalhadas pelo mundo, o Sacrário continua sendo e sempre será a melhor de todas as Fontes capaz de saciar todas as sedes em todos os momentos de nossa vida.