Jesus e os Apóstolos


Quarta-feira da Semana Santa. Como foi a quarta-feira que antecedeu a Paixão de Jesus? (*)

Enquanto Judas acertava com o Sinédrio a entrega de Jesus, o Divino Mestre continuava seus ensinamentos à multidão. Derrotados os fariseus, passou a descrever o que aconteceria com Jerusalém: ela seria destruída como castigo pela rejeição feita a Ele, o Messias enviado do Pai. A seguir passou a mostrar que essa rejeição se completaria dois dias depois, sendo Ele crucificado e morto.

Os Apóstolos afinal deram-se conta que Jesus realmente seria morto. Jesus já o tinha afirmado, velada ou claramente, em vezes anteriores, mas eles não se deram conta, levados pela falsa idéia de um Reino material neste mundo, em que compartilhariam o poder com o Mestre. As palavras de Jesus não deixavam margem à dúvida: descreveu-lhes com pormenores os tormentos e morte que sofreria.

Era, portanto, de luto e tristeza essa quarta-feira. Se matariam o Mestre — pensavam —, o que seria deles, seus discípulos? Tomados pelo medo, não lembravam, que Jesus também anunciara a sua Ressurreição para pouco depois. E, como sempre, quando se parte de um medo egoísta, esquece-se as razões de esperança, por mais evidentes que sejam. Na perspectiva do que poderiam sofrer após a Paixão, não se lembravam do triunfo da Ressurreição.

Nossa Senhora das Dores – "Mater Dolorosa"

Na casa de Lázaro estavam reunidas as Santas Mulheres. No meio das suas companheiras, a Virgem Maria chorava: a ponta da espada de que falara o velho Simeão, ao apresentar o Menino Jesus no Templo, começava a penetrar-lhe no coração… Unia então suas dores, às do Divino Filho que ia redimir-nos com seu Sangue. Ele, Redentor; Ela, Cp-Redentora por desígnio de Deus.

(*) Nessa série de posts sobre a Semana Santa baseamo-nos no livro do Pe. A. Berthe, “Jesus Cristo – Vida, Paixão e Triunfo”, Ed. Civilização, Porto