Normalmente peregrina-se a algum Santuário, a algum lugar sagrado, porém físico. Entretanto numa conferência, o Mons. João Clá nos fez peregrinar dentro de um olhar.

Mons. João Clá, Fundador e Superior dos Arautos do Evangelho, ao longo dos anos nos faz peregrinar pelas verdades ensinadas pela Santa Igreja, pelas belezas da Liturgia, pela ordem e harmonia do universo — e amá-las.

Numa das vezes nos fez uma agradável e magnifica surpresa: peregrinar dentro de um olhar.⁽¹⁾

E que olhar! Quanto mais caminhávamos dentro desse olhar, tanto mais ele atraía para um ponto altíssimo e sublime. Trata-se do olhar da Imagem peregrina do Imaculado Coração de Maria.

Quem tiver a oportunidade — ousaria dizer, a graça — de vê-la, poderá constatar que não é uma imagem comum. Não é para menos. A imagem original foi esculpida sob a orientação da Irmã Lúcia, a vidente de Fátima falecida pouco antes do Papa João Paulo II.

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Na aprovação pontifícia dos Arautos do Evangelho, em 2001, o mesmo Papa João Paulo II abençoou a imagem. A partir de então a imagem ou cópias dela percorrem mundo, atraindo multidões de fiéis.

Hoje, convidamos o caro visitante a deixar por instantes o bulício do dia a dia e acompanhar-nos nessa peregrinação. Para tal nos ajudarão os fotos da variedade de olhares, recolhidas um tanto ao acaso.

O olhar, sempre acolhedor, nos convida a nele penetrar reverentemente e a constatar belezas contrárias mas harmônicas. Uma forma de harmonia decorrente da variedade de formas de bem que se entrevê como reflexo da alma de Nossa Senhora, resumo de todas as perfeições criadas.

Ora é o olhar límpido, puro, imaculado a penetrar até os aspectos mais miúdos de nossas almas, olhando-nos com benevolência de Mãe, disposta a corrigir nossos menores defeitos, a perdoar as menores faltas, a animar nossas menores esperanças.

Ora é o olhar de uma atenção afetuosa como a ouvir o que temos a dizer-lhe.

Ora é um olhar prescrutando o nosso futuro e da humanidade, com o desejo materno de amparar o que nos leve a Deus ou afastar as circunstâncias nefastas a pulular no caminho de cada um de nós e da humanidade inteira.

Ora é o desejo de perdoar antecipadamente como Mãe terna e bondosa, não olhando tanto para a possível falta mas sim para o filho — ou filha — necessitado de ajuda, de carinho. Um carinho que o mundo não dá.

Ora… Bem, cada leitor sinta-se diante deste olhar e ouça as palavras maternas que só o coração escuta.

Enfim, caro leitor, é uma peregrinação tão amena, tão aprazível, durante a qual descansa-se à medida que se avança.

Caro leitor, deixe um pouco o suceder imprevisto dos vários acessos ao alcance do mouse e pare um pouco e considere este olhar todo ele doçura e afeto.

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Nas casas dos Arautos do Evangelho em todo o mundo pode-se encontrar cópias perfeitas da imagem original

⁽ ¹⁾ Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP, anotações particulares do autor, 12/76.