É muito comum na vida de família ou de grupos com certa coesão, o uso de palavras cujo sentido é conhecido somente por eles. São em geral a expressão muito precisa de algo que só eles conhecem.

Isso aliás ocorre também em grupos maiores e, às vezes, entram para o linguajar comum e aí ficam.

Passa-se o tempo e a razão do uso daquela palavra é até esquecido.

Para ser sincero, o caro internauta, conhece a origem da palavra ‘sincero’?

Seja sincero…

Na Roma antiga — sim, a palavra vem de lá! —, entre muitos outros produtos, eram fabricados vasos de argila. Após sua confecção, eram postos em fornos para ganharem solidez ou até mesmo serem vitrificados.

Ao serem retirados do calor, nem sempre resistiam à mudança de temperatura e trincavam.

Isso era um prejuízo para o artesão… Para evitá-lo recorriam a um estratagema: passavam cera no vaso e assim disfarçavam as rachaduras. E lá iam vasos bons e pelo meio os rachados, cujos defeitos tinham sido disfarçados pela cera.

Ora, muitos deste vasos eram usados depois no fogo, em fornos, etc. E a cera derretia… deixando à mostra algo imprestável.

Descoberto o engodo, quem comprava objetos semelhantes, pediam sempre que fossem vasos sem cera,’sin cera”, ou seja sem engano. Hoje se diria ‘sem malandragem’…

E assim, uma coisa ‘sin cera’ passou a ser sinônimo de algo verdadeiro, autêntico e puro.

Podemos aplicar isso às nossas almas: sejamos “sem cera”, ou seja, sinceros. Que nossas ações e pensamentos reflitam sempre e com fidelidade o que temos no coração.

Sobretudo sejamos sinceros para com Deus: sejamos aquilo para o que Ele nos criou e sigamos suas Leis sábias. Tanto mais que, ainda que O quiséssemos enganar, não poderíamos. Ele tudo conhece, até nossos pensamentos e intenções.