O magnífico Monte encrustrado na atual divisa com o Líbano, foi o palco de uma das maiores manifestações da força Divina em toda a história da Humanidade. Ali, abraçaram-se a justiça e a misericórdia, o fogo e a chuva, o medo e a confiança, a força e a fraqueza, o desespero e a glória!
Quantos princípios foram dados ao homem alí, naquele dia em que a Luz venceu as Trevas, no famoso desafio do Profeta Elias.
Situado na parte ocidental da Galiléia, o Monte Carmelo nasce como um promontório para o mar Mediterrâneo, estende-se para o oeste até a torrente de Cison. Deste local avistava-se Jezrael e nela o palácio de verão dos reis de Israel, Acab e Jezabel.
O Desafio de Elias
A situação do reino não estava nada boa: Acab casara-se com a fenícia Jezabel que fez introduzir em Samaria o culto a Baal, o “deus das moscas”. Para a manutenção do culto desta “divindade”, vieram 450 “profetas”, fiéis servidores da rainha e 400 “monges” dos bosques.
O povo vacilava entre o verdadeiro culto ao Deus verdadeiro e a idolatria ao “deus” Baal. Para o profeta de Deus era um espetáculo inaceitável. “Até quando claudicareis das duas pernas? Se Baal é deus, segui-o, se não, segui o Senhor Deus de Israel”.
“Levantou-se então o Profeta Elias”. Como sinal da desaprovação divina, ele fechou os céus para que não chovesse durante mais de três anos.
O coração de Jezabel, Acab e seus “sacerdotes” — como outrora o do Faraó — endureceu-se: não quiseram ver a voz de Deus na palavra do Profeta que fechara o Céu
Findos os anos de seca, Elias lançou um grande desafio na esperança de que esses corações endurecidos se abrandassem e voltassem ao verdadeiro Deus. O desafio era: no Monte Carmelo reunir-se-iam os profetas de Baal, os reis e o povo. Ele também estaria lá. Matar-se-ia um boi e cada qual pediria a seu Deus que fizesse descer fogo sobre a vítima. Quando isso acontecesse descobrir-se-ia quem era o Deus verdadeiro e o povo não claudicaria mais.
Em vão clamaram os “profetas” de Baal: não desceu fogo algum.
Quando Elias, consumido de “zêlo pelo Senhor Deus dos Exércitos” clamou, a multidão, cheia de espanto, viu descer o fogo do Céu.
Ali próximo, na torrente de Cison, a idolatria baalita era destruída pela palavra e pela espada de Elias. Ele decapitou os falsos profetas pois, apesar das evidências, recusavam a converter-se ao Deus verdadeiro.
Elias disse então a Acab que esperasse e subindo ao alto do monte pediu a Deus enviasse a boa chuva. No sétimo pedido viu, vinda do mar, uma nuvenzinha, pequena como a marca de um pé. Era o sinal. Avisou a Acab que corresse pois em breve cairia uma tempestade.
Aquele mesmo Profeta que fizera descer fogo para confusão dos maus, agora fazia derramar a chuva para a conversão dos bons.
Conta a tradição que a nuvenzinha do Monte Carmelo também anunciava a Elias uma grande novidade: uma mulher, qual nuvem de águas puras, saída da água salgada do mar, viria à terra para trazer uma chuva de graças.
Era o prenúncio da chegada de Maria, a Mãe de Jesus. Nascida da humanidade, dela não tinha o ‘sal’ do pecado, pois seria Imaculada e viria para esmagar definitivamente o mal, dando-nos o Salvador.
Assim a Liturgia canta a memória imortal deste Monte Santo, lugar do triunfo de Deus e pedestal da glória da Santíssima Virgem.
Que falta faz um verdadeiro profeta em nossos dias!!!! Que Deus tenha pena dos que querem ser fiéisa ele. parabenizo os Arautos. Pra frente! Bóris C.
Vi outro dia os Arautos na missa e fiquei curioso. Hoje entrei no blog que o arauto deu e vi esse post fenomenal. Continuem. Juca
Que interessante. Se hoje houvesse castigos assim…