Na maioria das cidades, ao menos do centro-sul do Brasil, as floradas sucessivas dos ipês e de outras maravilhas vegetais, vai chegando ao fim… infelizmente. Como seria bom — e bonito — que tivéssemos floradas de outras espécies o ano todo.


Aliás, observava argutamente o Dr. Plinio Corrêa de Oliveira, mestre de nosso Fundador, Mons. João Clá: temos em nosso Brasil uma tal variedade de árvores floríferas que, se quiséssemos poderiam ser feitas avenidas, ruas e praças inteiras com espécies que sucessivamente florissem. E teríamos o encanto dado pelas flores o ano inteiro. Como não se faz isso, nos interstícios das floradas fica apenas a saudade da florada que foi e a esperança da que virá, talvez daqui a um ano.

Pensemos um pouco: por que o belo desperta a saudade? Ou para quem não o viu ainda, por que desperta a esperança de vir a ver?

SAUDADES DO CÉU

Numa homilia o Mons. João Clá abordou o tema e o aprofundou: Por que “a beleza salvará o mundo”?

O belo, seja ele o belo material, o belo moral, o belo intelectual, etc falam-nos de algo que não é a banalidade do dia a dia e relembra-nos que estamos nessa vida de passagem. Sempre que vemos algo de belo — ele falava na belíssima Basílica Nossa Senhora do Rosário, no Seminário dos Arautos do Evangelho — vemos algo mais parecido com a felicidade eterna que nos aguarda… desde que nos esforcemos para merecê-la.

Nesses dias de puro corre-corre vemos ainda uma ou outra alma que contempla, mesmo rapidamente os ipês. E vem-nos a convicção de que Deus como Pai, não deixa de lembrar a nós seus filhos: fomos criados para algo mais alto, mais nobre, mais belo do que os dias cinzentos em que vivemos.

Para relembrar, ou melhor para reavivar a saudade que sentimos quando os ipês se vão, trazemos hoje uma pequena galeria dessa amostra do Paraíso: os ipês e as cerejeiras.