Como assegurar a proteção contra as tentações dos demônios, o remédio infalível para diversos males e um instrumento eficaz de santificação de maneira simples e rápida? Há respostas para essa indagação, ou apenas a espera de um milagre para tantos benefícios espirituais? Sim! Há um meio seguro e comprovado dentre os fiéis que lhe dedicam a mais pura devoção: é a Medalha Milagrosa.Medalha milagrosa 1

Uma humilde irmã de caridade foi o instrumento escolhido por Deus para impulsionar em todo o mundo a devoção a Maria, por meio dessa medalha que, de fato, fez jus ao nome de “milagrosa”. Santa Catarina Labouré, uma religiosa da Congregação das filhas da caridade (no Brasil conhecida como irmãs Vicentinas), em 1830 recebeu de Nossa Senhora das Graças mensagens sobre a Medalha Milagrosa.

Dentre as várias visões e aparições para a santa, do Sagrado Coração Eucarístico de Jesus e outros, vamos nos ater às aparições da Virgem celestial, dispensadora de todas as graças.

Quatro meses depois da prodigiosa noite em que Santa Catarina contemplara pela primeira vez a Santíssima Virgem, em sua inocente alma cresciam as saudades daquele bendito encontro e o desejo intenso de que lhe fosse concedido de novo o augusto favor de rever a Mãe de Deus. E foi atendida. Era 27 de novembro de 1830,Nossa Senhora das Graças sábado. Às cinco e meia da tarde, as Filhas da Caridade encontravam-se reunidas na sua capela da rue du Bac para o costumeiro período de meditação. Reinava perfeito silêncio nas fileiras das freiras e noviças. Como as demais, Catarina se mantinha em profundo recolhimento. E não tardou em ver Nossa Senhora, de indizível beleza.

Relata Santa Catarina ter visto, em seus dedos, anéis revestidos de belíssimas pedras preciosas, cada uma mais linda que a outra, algumas maiores, outras menores, lançando raios para todos os lados, cada qual mais estupendo que o outro. Das pedras maiores partiam os mais magníficos fulgores, alargando-se à medida que desciam o que enchia toda a parte inferior do lugar. Abaixo de seus pés uma esfera de ouro que representava o globo terrestre. Dizia ela, segundo seus relatos:

“Ela baixou os olhos, fitando-me. E uma voz se fez ouvir no fundo de meu coração, dizendo estas palavras: – A esfera que vês representa o mundo inteiro, especialmente a França (…) e cada pessoa em particular. – Estes (raios) são o símbolo das graças que Eu derramo sobre as pessoas que me pedem. – Os anéis dos quais não partem raios (dirá depois a Santíssima Virgem), simbolizam as graças que se esquecem de me pedir.

“Nesse momento formou-se um quadro em torno de Nossa Senhora, um pouco oval, no alto do qual estavam as seguintes palavras: ‘Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós’, escritas em letras de ouro.
Uma voz se fez ouvir então, dizendo-me: – Fazei cunhar uma medalha conforme este modelo. Todos os que a usarem, trazendo-a ao pescoço, receberão grandes graças. Estas serão abundantes para aqueles que a usarem com confiança.

MedalhaMilagrosa 2“Nesse instante, o quadro me pareceu girar e vi o reverso da medalha: no centro, o monograma da Santíssima Virgem, composto pela letra ‘M’ encimada por uma cruz, a qual tinha uma barra em sua base. Embaixo figuravam os Corações de Jesus e de Maria, o primeiro coroado de espinhos, e o outro, transpassado por um gládio. Tudo desapareceu como algo que se extingue, e fiquei repleta de bons sentimentos, de alegria e de consolação.”

Houve ainda uma terceira aparição e, depois da cunhagem das primeiras medalhas, encerrava-se assim o ciclo das aparições da Senhora das graças a Santa Catarina. Logo depois, em todo o mundo, abriam-se um interminável cortejo de graças e milagres, para fazer compreender quão agradável é rezar a Ela, quanto Ela é generosa para com seus devotos, quantas graças concede às pessoas que Lhas rogam, e que alegria Ela sente ao concedê-las.

No próximo post veremos um vídeo que dará mais uma noção desse insólito episódio.