O fim de ano se aproxima: ótimo momento para nos perguntarmos: “Como fui este ano?” e prepararmo-nos para o ano que vem com um sério e leal exame de consciência. Também para fazermos uma lista de bons propósitos. Essas duas coisas nos ajudarão a progredir naquilo que acertamos e a evitar os erros cometidos.

Iniciemos esta tarefa tão salutar procurando o que nos aproxima de Deus — as virtudes —, e o o que nos afasta d’Ele — as faltas.

Nascemos para a eterna felicidade e, por isso, devemos ter os olhos sempre postos nela. É importante conhecermos as virtudes e praticá-las habitualmente, de outro lado, é necessário evitarmos as faltas, o pecado.

Para usar uma analogia, seria como fazemos com a vida do corpo: assimilar só o que é bom e rejeitarmos todo o mal.

Por isso, é necessário ter sempre a consciência de estarmos cumprindo a vontade de Deus expressa em seus mandamentos. Lembremo-nos: Deus nos criou por amor e como Pai amoroso fez os mandamentos para o nosso bem; se os cumprirmos, faremos bem a nós próprios.

Em sentido oposto, devemos fazer como Jesus nos ensina: “vigiar e orar” para não nos deixarmos seduzir pelas atrações mentirosas do pecado, o oposto da vontade de Deus e de nosso próprio bem.

Deus é um Pai, mas Pai de Misericórdia

Deus não pode querer senão o nosso bem. Se por infelicidade O ofendemos, deixando de cumprir sua sábia vontade, não desesperemos: vamos a Ele como a um Pai e a Maria como Mãe. Reconheçamos nossa falta e peçamos perdão. Se necessário — em caso de falta grave – recorramos a outra forma da misericórdia divina: procuremos o Sacramento da Reconciliação, ou Confissão. Ali, com toda confiança, exponhamos o mal que fizemos, arrependamo-nos de O ter ofendido e receberemos, além do perdão, graças para não voltar a cair.

“Ah! Se as almas soubessem como as espero cheio de misericórdia! Não posso descansar senão perdoando! O que mais despedaça meu Coração é não quererem refugiar-se em Mim depois de terem pecado. Sim, desejo perdoar; meu Coração, transbordando de amor e misericórdia, espera os pecadores” ⁽¹⁾.

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⁽¹⁾ Mons. João S. Clá Dias, Sagrado Coração de Jesus- Tesouro de bondade e de amor, ACNSF, São Paulo, 2003, p.7 [citando Apelo ao Amor – Mensagem do coração de Jesus ao mundo e sua mensageira, Soror Josefa Menéndez, Ed. Santa Maria, Rio de Janeiro, 1965]