Ordenação sacerdotal
Imposição das mãos pelo Bispo consagrante

Em nossa história, mais precisamente na Batalha de Riachuelo, em que se jogava o futuro da Pátria, o chefe das forças navais fez um chamado ao brio dos seus comandados ao içar a célebre mensagem: “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever”. E a batalha foi ganha.

Hoje, em meio à crise que afeta toda a humanidade, a nau de Pedro, a Santa Igreja Católica, poderia arvorar a mensagem: A Igreja e o mundo esperam que cada um cumpra o seu dever.

São nesse sentido as considerações publicadas na revista Arautos do Evangelho quando de recente ordenação de sacerdotes Arautos. Damos a seguir um breve resumo. (*)

Ordenação sacerdotal – Arautos do Evangelho

O que a Igreja espera dos Sacerdotes

Em todos os tempos, as sociedades humanas sentiram a necessidade de escolher alguns homens e destacá-los para serem mediadores entre elas e a divindade. Sentimento tão imperioso que, a bem dizer, não encontramos exceções na História.

Ao mesmo tempo em que clama pelo infinito, a nossa natureza anseia por estabelecer uma ponte para transpor o abismo que a separa de Deus.

Quanto mais alta for a consideração em relação a Deus tanto maior será a perfeição exigida aos homens estabelecidos como vínculo de união com Ele.

Monsenhor João Clá celebra a Missa
Momento da elevação

Na Antiga Lei, era exigida a perfeição aos sacerdotes: “Serão santos para o seu Deus e não profanarão o seu nome” (Lv21,6).

Jesus elevou as relações entre Deus e a humanidade a um patamar até então desconhecido: a ponte sagrada que une os Céus à Terra será Ele próprio, Filho de Deus humanado.

Daí por diante os sacerdotes deverão ser como Ele, “santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores” (Hb7,26) e, a exemplo do Apóstolo, deverão poder dizer: “é Cristo que vive em mim” (Gal2,20).

Ao sacerdote foi conferida uma insuperável dignidade: é o próprio Jesus que, através do seu ministério, ensina, governa e santifica.

Do sacerdote elevado a tão sublime altura, o povo fiel exige — hoje mais do que nunca — não apenas a correção e boa reputação, mas a santidade.

O sacerdote não foi escolhido para ser servido, mas para servir. Servir aos fiéis e ao mundo inteiro, dando espetáculo da sua pureza ilibada e da sua santidade. “Brilhe a vossa Luz diante dos homens, para que eles glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus” (Mt5,16).

Sacerdotes Arautos após a ordenação

(*) Revista Arautos do Evangelho, nº 138, junho de 2013, p. 5.