Em nossa história, mais precisamente na Batalha de Riachuelo, em que se jogava o futuro da Pátria, o chefe das forças navais fez um chamado ao brio dos seus comandados ao içar a célebre mensagem: “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever”. E a batalha foi ganha.
Hoje, em meio à crise que afeta toda a humanidade, a nau de Pedro, a Santa Igreja Católica, poderia arvorar a mensagem: A Igreja e o mundo esperam que cada um cumpra o seu dever.
São nesse sentido as considerações publicadas na revista Arautos do Evangelho quando de recente ordenação de sacerdotes Arautos. Damos a seguir um breve resumo. (*)
O que a Igreja espera dos Sacerdotes
Em todos os tempos, as sociedades humanas sentiram a necessidade de escolher alguns homens e destacá-los para serem mediadores entre elas e a divindade. Sentimento tão imperioso que, a bem dizer, não encontramos exceções na História.
Ao mesmo tempo em que clama pelo infinito, a nossa natureza anseia por estabelecer uma ponte para transpor o abismo que a separa de Deus.
Quanto mais alta for a consideração em relação a Deus tanto maior será a perfeição exigida aos homens estabelecidos como vínculo de união com Ele.
Na Antiga Lei, era exigida a perfeição aos sacerdotes: “Serão santos para o seu Deus e não profanarão o seu nome” (Lv21,6).
Jesus elevou as relações entre Deus e a humanidade a um patamar até então desconhecido: a ponte sagrada que une os Céus à Terra será Ele próprio, Filho de Deus humanado.
Daí por diante os sacerdotes deverão ser como Ele, “santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores” (Hb7,26) e, a exemplo do Apóstolo, deverão poder dizer: “é Cristo que vive em mim” (Gal2,20).
Ao sacerdote foi conferida uma insuperável dignidade: é o próprio Jesus que, através do seu ministério, ensina, governa e santifica.
Do sacerdote elevado a tão sublime altura, o povo fiel exige — hoje mais do que nunca — não apenas a correção e boa reputação, mas a santidade.
O sacerdote não foi escolhido para ser servido, mas para servir. Servir aos fiéis e ao mundo inteiro, dando espetáculo da sua pureza ilibada e da sua santidade. “Brilhe a vossa Luz diante dos homens, para que eles glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus” (Mt5,16).
(*) Revista Arautos do Evangelho, nº 138, junho de 2013, p. 5.
É muito oportuno sermos lembrados de que a Igreja e o mundo esperam que cada um cumpra o seu dever.
Cumpramos pois o nosso dever, sejamos leigos, consagrados ou Sacerdotes.
A Santa Igreja Católica Apostólica Romana e o mundo inteiro esperam por nós.
E que possamos dizer como São Paulo: “é Cristo que vive em mim”
Valter Menezes
Belíssimo é o texto contido na Revista dos Arautos do Evangelho, nº 138, que trata das ordenações presbiteriais e diaconais dos Arautos, cujo fundador é o Monsenhor Clá Dias. É a Igreja de Cristo sempre crescendo em graça e santidade, apesar das aparências contrárias, pois Deus está e estará com ela até o fim dos tempos.
“Não pode ter o Pai no Céu quem não tem a Igreja como Mãe” (S.Cipriano). Ora, quem ama verdadeiramente sua mãe, não se conforma em vê-la sofrer traições, indiferentismo, inverdades, insultos etc. Ora, este e não outro, é o fim de nossa Mãe-Igreja: a salvação e santificação das almas. E é esta também a obrigação de todos nós batizados e membros dessa Igreja. Não nos esqueçamos de que “a quem mais foi dado, muito será cobrado” e de que o privilégio que temos de pertencer à verdadeira e única Igreja de Cristo não nos torna melhores do que ninguém, e sim, aumenta nossa responsabilidade de corresponder à graça que recebemos.
Concordo plenamente com o sanjoanense Carlos Alberto