Às vezes, Deus em sua onipotência, usa de instrumentos inesperados. Por vezes usa instrumentos fracos para demonstrar sua força, outras vezes serve-se até de forças contrárias para realizar seus desígnios. Foi o que aconteceu na Páscoa. Antes de tudo, venceu a morte, ressuscitando-se a Si mesmo. Mas quis ter como testemunhas de sua vitória aqueles mesmos que promoveram e executaram essa morte.
De fato as medidas tomadas pelo Sinédrio para que “os discípulos não roubassem o Corpo de Jesus” do Sepulcro só serviram para confirmar que Jesus de fato ressuscitara.
O Sinédrio pedira a Pilatos para colocar uma guarda romana a vigiar o Sepulcro. Essa mesma guarda seria testemunha da Ressurreição… e da malícia do Sinédrio. Como narram os Evangelhos, essa guarda presenciou a Ressurreição de Jesus. Assustados — eram pagãos — foram dar conta do ocorrido. Os sinedritas e fariseus subornaram-nos então para “que dissessem estar dormindo enquanto os discípulos de Jesus roubaram o Corpo de Jesus”.
O povo simples, mas de fé robusta, costuma dizer que “o demônio muitas vezes pisa no próprio rabo”. Foi o que aconteceu. Tornou-se motivo de riso entre o povo de Jerusalém a mentirosa alegação dos guardas, pois como podiam eles saber que eram discípulos de Jesus, se “estavam dormindo”?… E, com um pouquinho mais de pensamento, ocorre a muitos: a quem aproveita esta mentira? A resposta era óbvia: aos sinedritas. Só eles quereriam sepultar sob o manto da mentira Aquele a quem mataram. Já objeto de fundadas reprimendas por terem violado todas as leis e praxes na condenação de Jesus, tornavam-se assim motivo de riso por todos os séculos.
Mas, deixemos de lado os sinedritas e voltemos o olhar para os Apóstolos, as santas mulheres, especialmente a Santíssima Virgem. E sobretudo Jesus que, nas palavras da Liturgia de hoje, “morrendo, destruiu a morte, e, ressurgindo, deu-nos a vida”.
Reunidos no Cenáculo estavam Maria Santíssima, os Apóstolos e as santas mulheres. Apesar de Jesus ter afirmado várias vezes que ressuscitaria “ao terceiro dia”, apenas a Virgem Maria cria. Por isso afirmam os teólogos que, entre a Morte e a Ressurreição, a Igreja inteira estava contida em Maria. O túmulo guardava o Corpo de Jesus; o Imaculado Coração de Maria guardava a Igreja.
Quis Deus que outra mulher fosse a primeira testemunha da Ressurreição de Jesus. Era Maria Madalena; aquela que “porque muito amou, muito lhe foi perdoado”. Poderíamos agora dizer: porque muito amou, muito lhe foi dado. Foi-lhe dado ser a segunda a ver Jesus Ressuscitado. A segunda? E quem foi o primeiro, ou primeira? Há um princípio teológico universalmente aceito na Igreja, de que, aquilo de graça que outros receberam e que convenha à Maria Santíssima, ela o recebeu no mais alto grau. No caso, foi ela a primeira a ver o Divino Filho ressuscitado.
Avisados por Maria Madalena, Pedro e João correram para o Sepulcro. Nesta cena descrita pelos Evangelhos aparece registrado o primeiro ato de respeito pela primazia de São Pedro. São João chegou primeiro ao Sepulcro, pois era jovem; ali, porém, não entrou. Esperou por São Pedro a quem o Mestre havia constituído “a rocha sobre a qual edificou a sua Igreja”. Cabia ao primeiro Papa constatar o maior dos mistérios da Fé.
Seguiu-se as aparições em corpo e alma de Jesus aos Apóstolos, seus últimos ensinamentos, a promessa da vinda do Espírito Santo em Pentecostes e a gloriosa Ascensão de Jesus aos Céus. A Igreja, então tenra plantinha, cresceria e nos nossos dias estende os ramos por todo o mundo.
Muito interessante este principio de que Maria foi a primeira a ver Nosso Senhor ressucitado. Faz total sentido! Muito bonito.
muito bonito. tanto ser nossa senhora a primeira a ver seu filho; qto sao joao esperar por sao pedro
SALVE MARIA !INTERESSANTE A MENTIRA DOS SINEDRITAS,BELO O RESPEITO E HUMILDADE DE SAO JOAO A SAO PEDRO,E A PARTE DO TEXTO DE NOSSA SENHORA TEM TODO SENTIDO.