Fabiano sabia apenas que sua mãe tinha sido transferida de secção na repetição onde trabalhava a anos com muita competência. Tinha sido até uma promoção; e bem merecida.

Estava fazendo uns trâmites complicados, referentes aos estudos e com o prazo curto para resolve-los. Se conseguisse logo, era certo que se sairia bem. Mas como fazer?

O alto funcionário que devia deveria ver seu assunto era quase inacessível. Como chegar até ele?

Apesar disso, foi com ânimo à repartição e pediu para ver como encaminhar o pedido. Informara-lhe que teria de ver em tal setor e depois em tal outro.

Não havia jeito; foi ao primeiro. Qual não é sua surpresa quando, estando com a funcionária, entra na sala… a sua mãe. Era ela a assessora da autoridade que devia resolver-lhe o problema.

— Filho, o que faz aqui? Veio falar com mamãe?

Pronto, estava tudo resolvido: ela mesma a conduziu ao diretor e este resolveu na hora.

Será que na vida encontraremos alguém assim? E para resolver problemas bem mais complicados?

Elevando às devidas sublimidades, esse é o papel de Nossa Senhora para conosco. No intuito de aumentarmos a nossa confiança nEla, vejamos o que a Santa Igreja nos diz a respeito.

São Luís Grignion de Montfort ao expor os motivos pelos quais a devoção a Nossa Senhora nos é necessária, explica: “precisamos de um mediador junto ao próprio Mediador, Jesus Cristo”. (N°s 83-86 – “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”)

No primeiro milagre de Jesus — a bodas de Caná — este papel de Maria já se faz notório. Ante uma aparente recusa de Jesus, Maria Santíssima tinha tal certeza de ser atendida, que diz aos criados: “Fazei tudo que Ele vos disser”. E, apesar do Divino Filho ter-lhe dito que “ainda não chegara a sua hora”, realiza o milagre pedido pela Mãe.

São Luís Grignion diz ainda: “via de regra, nossas melhores ações são manchadas e corrompidas pelo fundo de maldade existente em nós”, maldade esta adquirida com o pecado original (N°78). Assim, não podemos estar seguros de termos as boas disposições necessárias para vermos nossos pedidos atendidos. E conclui: “Não precisaremos de um mediador junto ao próprio mediador?”.

A resposta é positiva: necessitamos da intercessão de Nossa Senhora para suprir nossas imperfeições e podermos, através Dela, apresentar-nos ao Mediador excelso, Jesus Cristo. Ele é Deus, em tudo igual ao Pai e ao Espírito Santo.
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Quantos de nós nos deparamos com aflições e tribulações em nosso dia a dia? Seja por um ente querido, uma enfermidade, problemas com os filhos, o desemprego, enfim, tantas provações… E nossa Intercessora magnânima, Maria Santíssima, espera apenas que a peçamos.

Peçam a Maria! Diz um santo que “quando pedimos a Deus, pela intercessão de Maria, é como se pudéssemos perfumar este pedido em suas mãos”. Nossa Senhora faz ainda mais: Ela mesma toma a iniciativa junto a seu Filho dileto, como nas Bodas de Caná. Ele, com a mesma presteza e solicitude, atende amorosamente os pedidos “perfumados” que exalam da pureza de sua Mãe.

Estamos no mês de maio, o mês de Maria, nossa intercessora e Mãe. O melhor caminho para se alcançar graças é recorrendo à medianeira de todas as graças. O meio mais eficaz para a Ela nos dirigirmos foi declarado por Ela mesma em Fátima “Rezem o terço todos os dias”. Solicita para que a Ela recorrêssemos de modo a sermos sempre atendidos, repetiu esta frase em todas as seis aparições de Fátima.

Com a mesma confiança de um filho que se abandona nas mãos de sua amorosa mãe, peçamos sua intercessão sempre, especialmente nos momentos de nossas dificuldades.

A exemplo dos Santos, dos Papas, rezemos o Rosário, ou ao menos o terço, diariamente. Segundo o Beato Papa João Paulo II o Rosário constitui “um compêndio do Evangelho”, e “é Cristo visto através dos olhos de Maria”.

Esse empenho dos Papas relembra-nos que: “temos necessidade de um mediador junto ao próprio Mediador, e que Maria Santíssima é a mais capaz de cumprir essa missão”, conforme palavras do grande São Bernardo.
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