A história de um grande Rei, que apenas com um bom exemplo, mudou o rumo de seu reinado e o seu próprio destino… eterno.

Afonso, filho de Fernando II, rei de Leon (na atual Espanha), assumiu o trono após o falecimento de seu pai em 1188.

Estávamos na época em que a virtude era o ideal de todos; o que hoje chamaríamos “moda”, nesta época abençoada, era a prática dos Mandamentos, a vida virtuosa. Era uma época cuja vida guiava-se pelo fim para o qual Deus nos criou: conhecer e amá-lo nesta vida, e assim ganhar a vida eterna. Por isso era uma época alegre.

Em pouco tempo uma novidade difundira-se como um rastilho de pólvora por toda Cristandade: o Rosário. Em pouco tempo a recitação do Rosário entrou nos hábitos diários.

Embora o rei Afonso ainda não o rezasse, desejando levar seus súditos a honrarem a Santíssima Virgem pela oração do santo Rosário, ocorreu-lhe uma ideia… que, além do mais, lhe traria prestígio: levar à cinta ostensivamente um Rosário, ainda que sem rezá-lo.

E tinha razão: isto bastou para levar muitos súditos a rezarem o Rosário devotamente… crendo que assim o fazia o Rei…

Certo dia o Rei caiu gravemente enfermo e, quando parecia morto, foi transportado em espírito ao tribunal de Jesus Cristo. Viu ali os demônios acusando-o dos crimes e pecados que havia cometido — e não eram poucos… No momento de ser condenado às penas eternas, apareceu a Santíssima Virgem em sua defesa.

Diante de Jesus, Juiz de todos nós, havia uma balança; num dos pratos foram colocados todos os pecados do Rei. O prato da balança desceu ao ponto máximo., parecendo não suportar mais peso. Entretanto, a Santíssima Virgem colocou no outro prato o Rosário portado pelo Rei, e acrescentou os que foram rezados por outras pessoas, graças ao exemplo dado por ele. A balança pendeu para o lado dos Rosários.

Com olhos compassivos, Nossa Senhora disse a Afonso: “Obtive de meu Filho, como recompensa do pequeno serviço que tu me fizeste levando o Rosário, a prolongação de tua vida por alguns anos. Emprega-os bem e faze penitência”.

O Rei, voltando a si de seu êxtase, exclamou: “Ó bendito Rosário da Santíssima Virgem, por ele é que fui liberto da condenação eterna!” Havendo recuperado a saúde, passou o resto da vida cultivando grande devoção ao santo Rosário, rezando-o todos os dias.

Quem sabe, caro leitor, se fazes o mesmo: ao menos leve consigo o Terço. Sempre aparecerá oportunidade de rezá-lo. Por exemplo, enquanto vais para o trabalho ou dele voltas; ou numa sala de espera, numa fila, etc.

Uma coisa é certa: Nossa Senhora não deixará de ajudá-lo nas dificuldades nesta vida e lhe obterá a eterna. É o que lhe desejo de todo coração.