Para muitos, ‘Corpus Christi’ é apenas um “feriadão” a mais, sem outro significado que a da fuga da rotina estressante e do corre-corre moderno.
Nas saídas, longas filas de carros, que vão se repetir na volta… para se retomar a rotina estressante.
Como diz um amigo, nos “feriadões” há duas filas: uma na saída, é a fila da ilusão; outra na volta, a fila da frustração.
Mas, ‘Corpus Christi’ é só isso?
Como no Natal, em que o Aniversariante — Jesus —é o grande esquecido, em ‘Corpus Christi’ é Ele novamente olvidado.
Para nos darmos conta da ingratidão deste esquecimento, vejamos como surgiu esta comemoração, aliás dia santo de guarda, cuja assistência à Santa Missa é obrigatória.
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Desde o início da Igreja, o culto a Jesus no Santíssimo Sacramento era o centro da piedade católica.
Em 1264, quando a fé dava algumas mostras de declínio, quis a Providência reavivá-la por meio de um milagre.
O Papa encontrava-se em Orviedo, Itália. A pouca distância estava a cidade de Bolsena. Nela, na Igreja de Santa Cristina, celebrava a Missa um sacerdote, seriamente tentado contra a fé na presença real de Jesus no Santíssimo Sacramento.
Jesus num só milagre iria renovar a fé não só deste sacerdote mas da Cristandade inteira: no momento da Consagração, a hóstia transformou-se em carne e dela gotejou sangue. Cada gota formou figura do rosto de Jesus sobre o tecido do altar. (1)
Sabedor do milagre, o Papa fez trazer a hóstia, agora transformada em carne e o tecido com as gotas de sangue retratando a face de Jesus. Recebeu-os a meio caminho, acompanhado por Cardeais e Bispos.
Rigorosamente verificados todos aspectos do portentoso milagre e inspirado pelo Espírito Santo, o Papa instituiu a celebração da festa de Corpus Christi em toda a Igreja. (1).
O Papa diz em certo ponto da bula:“Ainda que renovemos todos os dias na Missa a memória da instituição desse Sacramento, estimamos todavia, conveniente que seja celebrada mais solenemente pelo menos uma vez ao ano”.
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Desde esta época até bem pouco tempo —em muitos lugares, ainda hoje — dá-se especial solenidade e beleza a esta comemoração: tapetes coloridos nas ruas, ornamentação nas casas do percurso da procissão, etc.
Vários lugares ainda conservam muito dos esplendores com os quais se comemorava esse sublime dom: Deus permanece conosco, oculto sob as espécies de pão.
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Jesus é Rei e, como tal tem direito a todas as honras. Prestemos a Ele, nós também, todas as honras que possamos, pois tudo que temos, dEle recebemos como dádiva de seu amor. E como dizia Santa Terezinha: “Eu sei, Jesus, que amor com amor se paga”.
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(1) Ver Revista Arautos do Evangelho, nº 90, junho de 2009, pp. 24-33.
(2) Bula “Transiturus de hoc mundo”, de 11 de agosto de 1264, http://www.vatican.va/
É bem isso! Damos muitas vezes valor ao que não tem e esquecemo-nos o que tem. Essa vida, Deus teve a bondade de nos dar para sermos felizes seguindo o projeto dele. Se saimos desse caminho, entramos ou na fila da ilusão ou na fila da frustração. Aproveitemos enquanto é tempo para procurarmos a felicidade onde ela está: sermos verdadeiros filhos de Deus e de Maria, nossa mãe tão querida. Obrigado a quem postou este post. Certamente é dos Arautos. Abarços, José (Juca)
Que alegria ter podido ler este post com meu filho que fez primeira Eucaristia recentemente. Marcelo
Tive a alegria de enfeitar a frente da casa em honra de Jesus. Peço a Ele que abençoes a nós todos e aos Arautos. Leila