Bom Pastor – Escultura dos primeiros séculos representando Nosso Senhor Jesus Cristo

Neste domingo a Igreja celebra Aquele que disse de Si mesmo: “Eu sou o Bom Pastor; conheço as minhas ovelhas, elas me conhecem”.

Em diversas passagens do Evangelho, o Divino Mestre usa esta bela imagem e dá pormenores comoventes. O pastor que vai atrás da ovelha perdida e a põe nos ombros; a promessa da vida eterna; o não mais separar-se dEle, etc.
O mesmo Bom Pastor também as advertiu contra os que, como um lobo, rondam o rebanho procurando o que devorar. E o fez por amor para com as ovelhas.

Por outro lado o “povo miúdo de Deus”, os que “conhecem a voz do Bom Pastor”, em sua sabedoria — e experiência de cada dia… — costuma usar a expressão “lobo com pele de ovelha”. Essa expressão é antiga, muito antiga.

Com o passar dos tempos, sobretudo nos dias de hoje, costumo ouvir uma expressão que vai um pouco mais longe: “lobo com pele de pastor”.

A sabedoria popular, a “vox populi”, dá-se conta, assim, do óbvio. Alguns diriam, do óbvio ululante. E é o grau de malícia constatado diariamente nas informações da mídia e do que outros contam.

Nosso Senhor, ao alertar para a vigilância a respeito dos lobos, deu o princípio geral. Há intenções más, a propósito das quais é preciso vigiar. Por isso Jesus fala em “sua voz”, pois podem haver outras que não são a dEle.

Numa homilia na Basílica dos Arautos, o Mons. João Clá ressaltou o fato de Nosso Senhor ter dito “Vigiai e orai”. “Vigiai” é citado em primeiro lugar, pois a vigilância é mais esquecida, apesar de ser — debaixo de certo ponto de vista — mais necessária.

Divina Pastora

A sabedoria popular, que “conhece a voz” do Bom Pastor, criou muito acertadamente “lobo com pele de pastor”. É uma nova forma de ameaça para a qual é preciso estar alerta.

Que a tanto nos ajude o Bom Pastor, Jesus. E também a sua Mãe Santíssima, conhecida em vários lugares como a Divina Pastora.