Nosso Senhor, por onde passava, pregava o caminho do Reino. Caminho belo e cheio de alegrias, sem dúvida, mas árduo e marcado pela Cruz. A pregação de Cristo, prenunciada e prefigurada pelos profetas, ressoa até hoje por meio da Igreja convidando a mudar os corações. Estar no caminho do Céu exige uma constante conversão.
Contudo, e contrariamente a tantas ideias preconcebidas, esta transformação não é exigida apenas a padres e freiras. A mensagem de Jesus é destinada a todos. Ouvindo esse chamado, ao longo da História, homens e mulheres, anciãos e criancinhas, gente de todas as classes sociais, pessoas de todos os ofícios mudaram de vida. O Evangelho transformou a História, inspirou heroísmos e artes, escreveu gestas magníficas com letras de sangue e de luz.
A pregação de Jesus não convida apenas a optar por um determinado estado de vida. “Mudar o coração” é um mandato dirigido a todos aqueles que desejam salvar-se. É uma ordem dada pelo próprio Criador e Supremo Juiz, diante de quem deveremos comparecer para ouvir a sentença merecida pelos nossos atos: “vinde a Mim, benditos!” ou “afastai-vos de Mim, malditos!…” (Mt 25, 34.41). E, na hora final, apenas uma força será capaz de mover o fiel da balança: a santidade de vida.
Pelo pecado original, agravado por pecados atuais, nossas tendências o mais das vezes nos puxam para baixo. Quereríamos fazer o bem, acabamos fazendo o mal (cf. Rm 7, 19). Por isto, se praticar o bem já nos é difícil nas ocasiões concretas, fazê-lo durante muito tempo nos resulta insuportável. Ser bom sempre e salvar-se é, propriamente, impossível ao homem, conforme afirmado pelo próprio Cristo (cf. Mt 19, 25-26)!
Mas, então, teria Ele nos colocado diante de um dilema insolúvel? Obrigar-nos-ia ao impossível?
Na sua infinita sabedoria, Deus estabelece as leis, mas sua bondade as supera sem aboli-las. Sustenta e reforça o homem com a infusão de sua própria força divina e o que era impossível, torna-se possível porque “o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza” (Rm 8, 26).
OS RECENTES CONGRESSOS DOS ARAUTOS PARA JOVENS, MOÇAS E FAMÍLIAS
Esta força, que, vindo de fora, nos ergue à altura descomedida à qual somos chamados, é a graça. Maravilhoso remédio para vencermos a nossa natureza decaída, ela esteve no cerne das considerações dos últimos Congressos realizados pelos Arautos para jovens, moças e famílias, nos quais centenas de pessoas do mundo inteiro se reuniram para estudar os ensinamentos da Igreja sobre a graça, aplicados aos tempos modernos.
Todos somos chamados à santidade, sem exceção. Mas essa vocação se reveste de especial atualidade para os leigos, se considerarmos a importância crescente que a Igreja tem reconhecido a seu papel missionário. Como os Apóstolos, são eles chamados a “tornarem a Igreja presente e ativa naqueles locais e circunstâncias em que só por meio deles ela pode ser o sal da terra” (Lumen gentium, n.33).
Ora, ninguém dá o que não tem. Portanto, o leigo que quiser realmente produzir bons frutos para a Igreja e fazer com que eles permaneçam, tem uma primeira tarefa a cumprir: deve começar, ele mesmo, por ser santo…
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(Adaptado da revista “Arautos do Evangelho”, nº 153, setembro de 2014, p.5)
Salve Maria!
Que lindo o congresso , tenho muita vontade de participar , com a Graça de Deus no ano que vem quero participar ,preciso me fortificar e só entre os arautos que me sinto bem aprendo muito com eles , fazem apostolado ,as reuniões é muita Graça que se recebe .
Salve Maria!
ANA CLAUDIA