No domingo anterior à sua morte, entrara Jesus triunfante em Jerusalém. A multidão O aclamara como “bendito o que vem em nome do Senhor” e reconhecera nEle o Messias, “o filho de Davi”.
O próprio Sinédrio, a autoridade máxima dos judeus, ficara intimidado: embora O tivesse excomungado e, com isso, condenado à morte, não ousava apossar-se dEle. Tal era o seu triunfo.
Fica então uma terrível pergunta: como foi possível, esta mesma multidão que O aclamara dias antes, gritar na sexta-feira “Crucifica-O! Crucifica-O!”?
Pior. Entre os que assim gritavam, a dois passos estava um leproso a quem havia curado… mais longe, um cego a quem tinha restituído a vista… pouco além, um sofredor a quem tinha devolvido a paz… um mudo, ao qual dera a voz, com esta mesma voz gritava “Crucifica-O! Crucifica-O”.
Todos pediam a sua morte, todos O odiavam, todos O injuriavam…
Como foi possível?
Aquele que veio para curar e salvar, iria logo depois morrer. Aí é que os malfeitores e o demônio pisaram no próprio rabo, pois morrendo, Ele abriu as portas do céu para toda a humanidade.