Conforme anúncio do Cardeal Angelo Comastri, noticiado pela agência de notícias católicas “Gaudium Press”, foi encontrado “um tesouro escondido sob o pó de vários séculos”. A descoberta é um notável crucifixo com uma escultura de mais de dois metros de altura, elaborada por um escultor desconhecido de “talento artístico excepcional” em algum momento do início do século XIV.
Este Cristo é mais antigo da Basílica e foi venerado na edificação original do século IV e transferido à nova Basílica quando sua edificação foi concluída em 1620. A documentação encontrada pela Santa Sé afirma que a imagem foi amplamente venerada em cada uma das localizações nas quais serviu ao Culto Divino. A imagem sobreviveu ao saque de Roma em 1527 e à ação dos cupins, que em 700 anos lhe causaram um dano considerável. Em 1749 foi removido de seu lugar para ser substituído pela escultura ‘Pietá’, obra mestra de Michelangelo, e após vários deslocamentos acabou sendo conservado em uma capela fechada.
Uma reforma posterior instalou um elevador nessa capela para conectar a Basílica de São Pedro com a residência papal do Palácio Apostólico, pelo qual a imagem ficou não apenas relegada mas quase inacessível. “Escurecida e confinada em um lugar esquecido e quase inacessível, foi esquecida por muitos e em certo sentido arrebatada à devoção dos fiéis”, comentou em coletiva de imprensa o Bispo Vittorio Lanzani, Secretário da ‘Fabbrica di San Pietro’, responsável pelo sustento da Basílica, segundo informou ‘The Catholic Register’.
A Basílica adiantou planos de restauração da imagem para o Ano da Misericórdia, requerendo-se 15 meses de complexo trabalho. Os trabalhos, financiados pelos ‘Caballeros de Colón’, incluíram o uso de laser térmico para separar as capas de pintura, solventes de alta tecnologia para as substâncias específicas empregadas na imagem. Os restauradores identificaram nove capas diferentes de pinturas, vernizes e revestimentos no corpo. Os danos causados pelos cupins foram preenchidos com um material adesivo, substituíram uma corda pintada posta sobre a cabeça de Cristo com uma coroa de espinhos com espinhos reais. A Cruz original, foi substituída por uma nova elaborada na ‘Fabbrica’ com madeira proveniente das imediações de um Santuário mariano no centro da Itália.
O crucifixo será exibido pela primeira vez em séculos para a veneração dos fiéis no dia 06 de novembro, durante o Jubileu dos Presos como “um belo sinal de esperança e uma mensagem de misericórdia”, segundo explicou o Arcipreste da Basílica de São Pedro em uma coletiva de imprensa. Após esta celebração, a imagem será instalada na Capela do Santíssimo Sacramento da Basílica de São Pedro como “memória perpétua do Jubileu da Misericórdia”. O Cristo será suspenso de forma que os fiéis, ao entrar, se encontrem com o olhar de Jesus Cristo no momento em que se entregava em favor da humanidade.
“Esperamos que esta notável imagem do sofrimento de Cristo sirva como recordação para que todos vejam o grande amor que nosso Salvador tem para cada um de nós, e das profundidades de sua misericórdia, sempre pronto para abraçar-nos e perdoar-nos”, expressou em um comunicado divulgado por ‘The Catholic Register’ o Cavaleiro Supremo dos ‘Caballeros de Colón’, Carl Anderson. (GPE/EPC)
É muito importante resgatar uma peça tão importante para a história de um povo!!! Belíssima matéria!!! Salve Maria!!!
Que este “”tesouro escondido” seje o nosso verdadeiro sentido da vida.
A Cruz é o maior sinal do amor de Deus por nós! É o sinal da vitória do Reino de Deus! Feliz quem compreende a beleza escondida que há neste verdadeiro tesouro! “Não aconteça gloriar-me senão na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo.”(Gl 6,14)
Salve Maria! Lindo Crucifixo!
Salve Maria!Que Deus jamais nos abandona está sempre a nos acolher e nos abençoar!