Como vimos anteriormente, São Martinho de Tours fez um magnífico gesto de generosidade. Hoje veremos como o fundador da insigne nação francesa, chamado “Pai das Gálias”, marcou a História com sua atitude, dando origem a palavras largamente utilizadas: “Capeto” e “Capela”.
Houve uma dinastia real que governou a França durante mais de trezentos anos em linha direta. Depois essa Casa reinou de maneira intermitente, como no caso de Luis XVI, e encerrou-se em 1848. E como no início dessa realeza a família ganhou de presente um pedaço da singular capa de São Martinho, referida no post anterior, eles receberam o cognome de “Capetos”, os reis da capa. Assim a capa do santo tornou-se uma alcunha para uma brilhante família régia.
Após a morte do piedoso Bispo de Tours, o povo erigiu um Santuário para honra-lo, colocando lá a sua capa. O culto ao respeitável Bispo e sua relíquia expandiu-se muito, ao ponto do templo receber o nome de “Capela”. Mas, como a palavra também denotava qualquer tipo de capa pequena (como ficou aquele manto de São Martinho depois da compartilha com o mendigo), todo local tido como uma espécie de mini templo usualmente passou também a ser chamado por esse nome. Hoje em dia os circunscritos recintos das Igrejas, destinados para todos se aproximarem mais do Santíssimo Sacramento ou das imagens de Nossa Senhora, e os pequenos recintos de oração, são chamados pelo nome de Capela. Destarte, o gesto de acolhimento de São Martinho serviu para simbolizar a celeste recepção dada para todos os fieis que piedosamente se recolhem nesses lugares para conversar com o Céu.
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