Muitos pensam que para serem católicos exímios as pessoas devem evitar qualquer divertimento, pois eles não nos aproximam de Deus. Por isso, grande parte delas preferem não tomar com afinco o caminho da prática da virtude, pois acreditam ser uma vida sem contentamentos.
Mas a realidade é completamente oposta, pois a diversão não se opõem a nossa natureza, ainda mais que necessitamos de descanso nas constantes batalhas e fatigas da vida. A diversão em si não é um pecado nem algo inútil, ela é um auxílio para vivermos uma vida virtuosa. Portanto, algo importante para ajudar a pratica da Fé. A história de incontáveis santos e santas demonstram como eles souberam divertirem-se intensamente agradando a Deus.
Mas para nos divertimos de forma equilibrada, reverenciando a Deus, existe uma virtude a ser praticada, reguladora das diversões, e o nome dela é EUTRAPELIA (palavra de origem grega que significa alegria, brincadeira, bom humor). Essa virtude tempera os divertimentos para serem muito aprazíveis e ao mesmo tempo sadios, e, consequentemente, tornar o convívio ameno e alegre. Essa virtude traz flexibilidade e desembaraço espiritual e nos faz divertir com paz de alma. Quando essa virtude se torna pela Graça um hábito vincado na alma, ela não deixa tratarmos os outros com deboche, deslealdade, nem rispidez. Não existe nada melhor no divertimento quando o levamos com serenidade, harmonia e temperança.
Santos como São Filipe Neri, São Francisco de Sales e São João Bosco brilharam na prática dessa virtude. Eles eram “brincalhões”, mas sempre nos momentos certos. Quando brincavam sempre tinham a finalidade de fazer o bem ao próximo. Nunca colocavam a diversão como meta da vida, entretanto, espalhavam felicidade e bem estar com suas jocosidades.
Para praticar com perfeição essa virtude, devemos reconhecer que os divertimentos não podem ser pretexto para faltar com o respeito a si e ao próximo, muito menos se tornar a finalidade da vida.
Eis, em suma, mais um aspecto da vida autenticamente cristã.
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