Na solenidade de Cristo Rei, os Arautos do Evangelho convidados pelo Pe. José Cisneiro Seabra Ramos, tiveram a alegria de animar a celebração na Paróquia do mesmo nome em Juiz de Fora.

O Coral e Fanfarra dos Arautos executaram Hino da Solenidade e animaram a liturgia. Ao fim da solenidade deram um pequeno concerto de músicas natalinas.

Para relembrarmos o alcance desta solenidade, transcrevemos algumas considerações do Mons João Clá Dias, EP, Fundador e Superior dos Arautos do Evangelho.

Cristo, Rei do Universo

Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP

Cristo de fato é Rei do Universo e, de maneira muito especial, de nossos corações. Ele possui uma autoridade absoluta sobre todas as criaturas e já muito antes de sua Encarnação, quando se encontrava no seio do Pai, ouviu estas palavras: “Tu és meu Filho, eu hoje te gerei. Pede-me; dar-te-ei por herança todas as nações; tu possuirás os confins do mundo, tu governarás com cetro de ferro” (Sl 2, 7-9).

Rei por direito de herança

Ele é o unigênito Filho de Deus e por Este foi constituído como herdeiro universal, recebendo o poder sobre toda a criação, no mesmo dia em que foi engendrado (cf. Hb 1, 2-5).

Rei por ser Homem-Deus

Por outro lado, Jesus Cristo é Deus, o Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, Senhor absoluto de toda existência, do Céu e da Terra. Seu poder é capaz
de acalmar as mais terríveis ferocidades dos animais e as procelas dos mares.

Os acontecimentos, as forças físicas e morais, a guerra e a paz, a pobreza e a fartura, a humilhação e a glória, o revés e o sucesso, as pestes, os flagelos, a doença e a saúde, a morte e a vida, estão todos ao dispor de um simples ato de sua vontade.

Aí está um Governo incomparável, superior a qualquer imaginação, e do qual ninguém ou nada poderá se subtrair.

Rei por direito de conquista

Jesus Cristo é nosso Rei também por direito de conquista, por nos ter resgatado da escravidão a satanás.

Fomos nós comprados pelo trabalho, sofrimentos e pela própria morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. É São Paulo quem nos assevera: “Porque fostes comprados por um grande preço! (I Cor 6, 20).

Rei por aclamação

No Batismo O elegemos para ser o regente de nossos corações e de nossas almas, através dos lábios de nossos padrinhos. Por ocasião da Crisma e a cada Páscoa, de viva voz nós renovamos essa eleição, sempre de um modo solene.

#Rei do interior dos homens e de todas as exterioridades#

Não houve, nem jamais haverá um só monarca dotado da
capacidade de governar o interior dos homens, além de bem conduzi-los na harmonia de suas relações sociais, seus empreendimentos, etc. O único Rei pleníssimo de todos os poderes é Cristo Jesus.

Ele governa os povos de todos os tempos, tendo marcado profundamente a História com sua Vida, Paixão, Morte e Ressurreição. Por meio do Evangelho e sobretudo ao erigir a Santa Igreja, Mestra infalível da verdade e da moral, Jesus perpetua até o fim dos tempos o imorredouro tesouro doutrinário da fé.

Qual o adversário?

E qual o principal adversário contra esse Reino de Cristo sobre as almas? O pecado! Por isso mesmo, se alguém tem a desgraça de cometê-lo, nada fará de melhor do que procurar um confessionário e com arrependimento ali declará-lo a fim de ver-se livre da inimizade de Deus. É impossível gozar de alegria com a consciência atravessada pelo aguilhão de uma culpa. Nessa consciência não reinará Cristo; e se ela não se reconciliar com Deus, aqui na Terra, tampouco reinará com Ele na glória eterna.

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Trechos de “O inédito sobre os Evangelhos”, Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP, Libreria Editrice Vaticana, 2012, Vol. VI, pp. 484-495.