Certa feita conversando com uma senhora, para explicar-lhe algo difícil, comecei por um detalhe aparentemente secundário. Mal acabara de lhe expor, ela exclamou:

— Não precisa mais nada! Entendi tudo.

O mesmo, creio, se dará com o seguinte fato:

Santa Teresa de Jesus, cuja memória a Igreja celebra hoje, 15 de outubro, conta ⁽¹⁾ o seguinte episódio de sua vida.

“Eu ia caminhando pelo mosteiro, ia pensando no meu grande amor [Jesus].

Parei ao pé de uma escada om a alma inundada de uma suavíssima luz.

Entrando no claustro vejo alguma coisa que reluz: vi dois formosos bracinhos abertinhos para mim em forma de cruz.

Que Menino tão lindo: era o Menino Jesus.

Fiquei extasiada ante aquela lindeza, e quando indagou meu nome, quase morri de surpresa!

Então respondi: Teresa de Jesus, a mais indigna serva de Vossa Realeza!

— E o vosso nome?

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— Meu Nome é bem parecido, é Jesus de Teresa!

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⁽¹⁾Obras Completas, Santa Teresa de Jesus, Ed Loyola, São Paulo, 1995.