Fotografia meramente ilustrativa: trata-se de Santa Gianna Beretta Molla com o filho

Dona Márcia era uma mãe zelosa. Cuidara da educação do filho único com esmero … e dificuldade, pois era viúva, apesar de jovem. Amava entranhadamente aquele filho que Deus lhe dera, mas apesar de sua dedicação, nem sempre o filho retribuía o amor que lhe tinha. Nem por isso deixava de o amar.

Mas sua surpresa foi grande quando ele, já maior de idade, decidiu um dia, bruscamente, sair de casa e “ir pelo mundo, ganhar a vida”. Chorou escondido, mas não deixou transparecer a dor da separação.

No dia da partida do filho querido, abraçou-o ternamente e disse-lhe:

— Filho, nunca se esqueça: aqui você terá sempre sua mãe. Eu lhe amo, como sempre lhe amei e, se precisar não receie em voltar. Meu coração e meus braços estarão sempre abertos para você. Deus lhe acompanhe.

Mal sabia Dª Márcia que o filho há tempos frequentava más companhias e já se deixara influenciar muito por elas.

O que ele — chamemo-lo de José — talvez não soubesse é para onde o levariam as más influências recebidas.

Passaram-se vários meses, talvez um ano. Nenhuma carta, nenhum telefonema, nada chegou a Dª Márcia vindo do filho amado. Nem por isso deixava de pensar nele. E com que saudades…

Certo dia, leu no jornal que a policia estava intrigada com uma série de fatos, ocorridos quase em série e que normalmente se chamam “crimes hediondos”. A notícia passou pela atenção de Dª Márcia como tantos outros.

Passaram-se algumas semanas e sai a notícia de que as autoridades já tinham pistas do autor de tais crimes. Depois de alguns dias, afinal, a policia conseguiu prender o criminoso, o que trouxe alívio para a população e para Dª Márcia. Mas, qual não é o seu espanto ao ver na fotografia, que o criminoso era… José, seu filho.

Julgado, condenado à morte, aguardava a execução na prisão local, fortemente cercada por policiais, não para impedir a fuga do assassino, mas para conter a explicável fúria da multidão que o queria linchar, como paga de delitos tão horrorosos.

Em meio a multidão, uma senhora aos poucos aproxima-se do cordão policial e segreda algo no ouvido de um policial conhecido seu. Ela penetra no prédio e dá com o delegado e várias autoridades a expressarem calorosamente o tipo de morte que gostariam de dar àquele celerado.

Dª Márcia aproximou-se impassível e, num momento de silêncio, dirigiu-se ao Delegado pedindo para falar com o prisioneiro. Espanto geral!

— Minha senhora, esse homem é um monstro, fez tal e tal coisa. Não compreendo como a senhora, de aparência tão honesta, quer falar com esse degenerado, esse monstro!

— É meu filho…

Os corações se brandaram, o delegado designou dois policiais para acompanharem a infeliz mãe até… o filho.

Mãe e filho conversaram longamente, tendo na saída, a mãe dito para o Delegado que um sacerdote viria confessar o filho e este pedia que o padre o acompanhasse ao lugar da execução. Esta deu-se no dia seguinte. Pouco antes do momento fatídico, José ajoelhou-se, recebeu mais uma vez a absolvição sacramental e beijou o crucifixo.

De longe, uma mãe rezava silenciosamente. Algumas lágrimas lhe corriam pela face de vez em quando. Ela própria não sabia se era de dor ou de alegria…

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Este fato, em suas linhas gerais é verídico. Mas é totalmente verídico o fato de que temos em Nossa Senhora uma Mãe que nos ama incomparavelmente mais que qualquer mãe terrena. E que está disposta a obter para nós o perdão de qualquer pecado, desde que demos ouvido à sua voz.

Nessa preparação para o dia das Mães, lembremo-nos sobretudo da Mãe das mães, de seu amor, afeto e carinho, do qual o afeto materno é um tão belo reflexo. E quando nos sintamos culpados, mesmo de graves faltas, não duvidemos que Ela nos espera para levar-no ao seu Divino Filho, Jesus.

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