“Daqui não saio; daqui ninguém me tira”.

É comum ouvirmos esta frase, que é, por assim dizer, a expressão da obstinação, do não querer ceder a nenhum preço. Dir-se-ia tratar-se de alguém tão inamovível quanto as pirâmides do Egito

Essa atitude terá alguma boa interpretação? Poderá ser boa em alguma circunstância? É o caso de aconselhá-la a alguém?

Há uma aplicação desta postura de alma, não só boa, mas a única concebível, a única aconselhável.

Nossa Senhora Auxiliadora

Se olharmos para o papel de Nossa Senhora, cuja invocação como “Auxiliadora dos cristãos” a Igreja comemora a 24 de maio, vemos que sim.

Consideremos os obstáculos encontrados nos dias de hoje (violência, dramas individuais ou coletivos, catástrofes de todo tamanho, etc), e por outro lado a obrigação de cada um de nós em permanecermos fiéis ao que Deus espera de nós.

Realmente, se confiarmos unicamente em nossas forças, a enxurrada das adversidades nos levaria para onde não queremos. Nem Deus, muito menos.

Temos, então, uma aparente impossibilidade, quer pela força dos fatores contrários, quer pelo limitado de nossas forças. O que fazer?

O ceder representaria uma ofensa — muitas vezes grave — aos desígnios de Deus. Surge, pois, a necessidade de um auxílio de outrem, de “algo” em que apoiar-nos. E temos esse auxílio superabundante n’Aquela que Deus quis estabelecer como Auxiliadora dos cristãos.

Maria Santíssima sendo Mãe do Redentor, é nosso auxílio de todas as horas, especialmente nas difíceis.

Como bem expõe São Luís Grignion de Montfort, foi por Maria que Jesus veio ao mundo e é por meio d’Ela que devemos ir a Ele. Para que não restasse dúvida quanto a necessidade dessa mediação, Ele mesmo quis confirmá-la numa de suas últimas palavras antes de expirar na Cruz: “Filho, eis aí tua Mãe”. E, para nós acrescentou: “Filho, eis aí tua Mãe”.

Destruição causada pelo tornado
Oklahoma, Estados Unidos-19/5/2013

Assim, no nosso dia a dia comum ou diante de dificuldades fora do comum, jamais deixemos de recorrer a essa boa Mãe, com a confiança de filhos. Filhos fracos diante das adversidades, mas que sabem poder confiar, mesmo quando essas adversidades podem vir a ser catástrofes. Sejam elas individuais ou coletivas.

Isso nos vêm à mente quando, por exemplo, vemos catástrofes como o tornado ocorrido a pouco em Oklahoma, nos Estados Unidos.

Antes de tudo rezemos pelas vítimas, e exercitemos a nossa confiança em Nossa Senhora, Auxílio dos cristãos. Ela nos ajudará mesmo se tivermos de passar por situações de gravidade semelhante.

Imagem de Nossa Senhora intacta
Após o furacão Sandy em 11/2012

Ela pode e quer nos ajudar, qualquer que seja a dificuldade. O exemplo das verdadeiras mães que mais ajudam ao filho quando este mais precisa é um belo reflexo desse amor de Nossa Senhora por nós.

Peçamos a Nossa Senhora uma tal confiança n’Ela que possamos dizer “daqui ninguém me tira”. Não porque sejamos fortes, mas porque no auxílio misericordioso d’Ela está nossa força.