Era uma lagarta. Normalmente quando alguém vê uma lagarta sente uma repulsa. Explicável, aliás.

Uma criança, por exemplo, tem a reação de afastar-se… ou, se é maiorzinha, pisar no peludo verme.

Mas, se explicássemos que aquele animal repulsivo pode transformar-se numa linda borboleta, a criança teria uma reação diferente. Talvez até quisesse acompanhar essa mudança tão grande. E ficaria encantada quando, de dentro do casulo saísse uma maravilha.

Ora, é exatamente o que aconteceu… hoje.

Ao acompanharmos as atitudes dos Apóstolos ao longo da vida pública de Jesus, veríamos que, nem sempre, estavam eles na mesma elevação de vistas do Divino Mestre. “As vossas cogitações não são as minhas”, disse Jesus aos Apóstolos, deste e de outros modos.

Um exemplo característico desta diferença de ver as coisas é o que em post anterior foi dito sobre a visão meramente terrena e banal do Reino que Jesus anunciava. A ponto de, no último diálogo com Jesus, os Apóstolos perguntarem pelo “reino de Israel”. Isso, no exato momento que lhes anunciava a vinda do Espírito Santo.

Pouco tempo depois, vemos esses mesmos Apóstolos assombrarem a todos com o fogo de suas palavras e sua elevação de vistas. Os de coração aberto a Jesus converteram-se em quantidade. Só no primeiro dia de pregação, três mil pediram o batismo. Esse número cresceu continuamente nos dias sucessivos e hoje a Igreja Católica tem mais de um bilhão de fiéis. E sempre crescendo, até o dia bendito em que haverá um só rebanho e um só pastor.

A lagarta — se assim podemos referir-nos respeitosamente aos Apóstolos antes da vinda do Espírito Santo — havia se tornado uma linda borboleta. E suas asas deverão cobrir o mundo inteiro.